Traduzido por Giancarlo Salvagni – Observações em vermelho e frases ou palavras grifadas por Jeff Trovão
Aquele que é Um com Deus é uma transparência através da qual Deus está vivendo a Sua Vida: ele não tem uma vida por si mesmo, uma mente por si mesmo ou até mesmo um corpo por si mesmo.
Seu corpo é o Templo de Deus, e sua mente é um Instrumento de Deus, a Mente que também estava em Cristo Jesus. Essa Mente pode ser alcançada somente em silêncio, não por palavras e nem por pensamentos, embora ambos possam ser usados como um passo preliminar no que nós conhecemos como meditação, que é de importância vital no desenvolvimento de nossa Vida Espiritual.
Sem a prática da meditação, um ensino espiritual, seja conduzido e guiado por um instrutor pessoal ou através do estudo de livros, desce a um nível de exercício puramente mental. Desenvolvimento espiritual não pode vir por aí. É a meditação que faz com que um ensino chegue vivo, porque a meditação é o elo de ligação entre a vida exterior e nosso Ser Interior, que é Deus.
É verdade que, num primeiro estágio de nossa vida espiritual, o único modo de trazer alguma verdade para nossa Consciência é através da mente. E é por isso que, no Caminho Infinito, não tentamos parar a operação da mente; nunca falamos a ninguém para parar de pensar ou tentar destruir a mente pensante, porque a mente é o portal pelo qual a Verdade encontra a entrada de nossa Consciência.
A mente é o instrumento pelo qual podemos ter ciência da Sabedoria Espiritual das eras – as Escrituras, a literatura espiritual e ensinamentos. É através da mente que disciplinamos o corpo e buscamos disciplinar nossos pensamentos; é a mente que mantém a si mesma firme em Deus; é com a mente que pensamos pensamentos espirituais; é com a mente que ponderamos as coisas profundas do Espírito.
Essa reflexão, esses pensamentos e palavras, nós os chamamos de Meditação Contemplativa. As palavras podem ser faladas ou pensadas, mas elas são apenas um passo para a meditação propriamente dita. Como é quase impossível para a maioria de nós evitar o turbilhão de pensamentos na mente, e como é muito difícil fazer cessar os pensamentos, a prática da Meditação Contemplativa nos ajuda a alcançar um Estado de Consciência no qual nos encontramos finalmente em completo silêncio. Um peso nos é tirado dos ombros, e talvez por dez, vinte ou trinta segundos, ficamos tão parados que nem um único pensamento se introduz.
Esse silêncio, no melhor dos casos, é um período muito breve, mas não importa o quão breve ele seja, nesses poucos segundos alcançamos nosso contato com Deus, isso é tudo o que é necessário para o momento. Então voltamos ao nosso pensar consciente e estamos prontos para voltar ao trabalho.
Quando nos sentamos para meditar, devemos buscar ouvir apenas a Palavra de Deus, desejar apenas o sentimento da Presença de Deus, somente restabelecer a nós mesmos em nossa Fonte Interior, e nada mais além disso. E então, quando sentimos a certeza da Presença, nossa meditação está completa: a Palavra torna-se carne, e o Espírito sentido dentro de nós torna-se tangível como experiência individual.
É quando pensamos que sabemos de que coisas precisamos que cometemos nosso maior engano, pois estamos medindo nossas necessidades em termos de nossas experiências anteriores e presentes, olhando para a vida como uma continuação de nosso passado, a mesma existência monótona e aborrecida, apenas somando a possibilidade de um pouco mais de saúde ou dinheiro; mas quando o Espírito de Deus assume a nossa Consciência, Ele provê tudo a Si Mesmo, em Seu próprio nível. Essa realização pode nos levar a uma nova pátria ou nova atividade – trabalho, arte, profissional ou social – porque não temos meios humanos de saber a Vontade de Deus e nem saber sobre os Caminhos de Deus. Mas a Vontade de Deus pode trabalhar através de nós, se nos rendermos e percebermos:
Tua Graça é minha suficiência em todas as coisas. Não penso na forma em que tua Graça deve me aparecer, e nem penso como deveria trabalhar em mim, ou quais os Teus caminhos. Eu busco apenas Tua Graça. Eu me comprazo na certeza de que és Onisciência, a Inteligência que tudo sabe, Divina, Infinita, Toda Amor, e eu posso confiar mais nessa Infinita Inteligência que governa este universo do que posso confiar em meu próprio julgamento do que preciso, do que eu gostaria, ou de como gostaria de viver. Certamente posso confiar mais no cuidado do Divino Amor do que posso em mim mesmo, em meu próprio sentido finito e limitado de amor, que não chega a ser sequer um grão de areia, comparado com a natureza do Amor de Deus.
Em cada meditação deve haver uma entrega como essa, de nós mesmos para o Espírito Interior, junto com a percepção de que a Graça de Deus é nossa suficiência, e que estamos em meditação para expressar o propósito de receber o conforto de Sua Presença. Nada pode ser maior do que a certeza da pequena e silenciosa Voz que chega até nós, porque sabemos que todo o Infinito se derrama para nós, toda a Onipotência, e sabemos que não pode haver poder à parte de Deus.
Uma vez que conhecemos a Natureza de Deus, mesmo que pouco, a dúvida e o medo raramente entram em nossa Consciência, porque conhecer a Natureza de Deus significa perceber a Onipresença: Deus, aqui e agora onde estamos – aqui e agora. Sabendo disso, nós descansamos nisso e não temos mais nada a fazer, a não ser deixar que haja Luz: que haja mais Luz em nossa vida, que haja Amor, saúde, força e abundância, que justamente se permita que tudo isso “seja”. Não tentamos fazer nada disso, porque, compreendendo a Natureza de Deus, sabemos que é a Vontade de Deus que provê todo o Bem.
Meu método habitual de entrar em Meditação Contemplativa é abrir meus ouvidos por um segundo para um assunto dado a mim, e se isso não me vem logo, então eu fico com a palavra “Deus”. Em minha primeira meditação, cedo de manhã, antes de sair da cama, procuro me alinhar com a Presença e o Poder de Deus, para que meu dia seja governado por Deus, e não governado pelo homem: um dia de plenitude espiritual, e não cheio de acidentes, limitações, enganos e julgamentos humanos. E então a parte contemplativa da meditação pode seguir algum padrão desse tipo:
“Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele“. Deus fez o sol para brilhar hoje, dando-nos luz e calor: Deus providenciou chuva e neve em suas estações devidas. Deus regulou o fluxo das marés. Deus proveu tempo de semear e tempo de colher, de atividade e de descanso. Deus governa este mundo com Infinita Sabedoria, Inteligência e Paciência.
Neste dia, eu sou governado por Deus. Deus é a Inteligência que dirige a atividade do meu dia, a pequena e silenciosa Voz que me protege e me sustenta.
Esta é minha prece, que eu seja governado por Deus, que nunca esqueça de buscar Deus em cada momento do meu dia. Que nunca esqueça de agradecer a Deus pelo meu pão de cada dia, que nunca deixe de perceber que Deus é a Fonte de tudo, e que eu nunca esteja inconsciente da abundância sem limites, de suprimento que Deus expressa através de mim, para todos aqueles que entram no campo de minha Consciência.
A Graça de Deus está comigo por todo o dia, e Sua Presença vai à minha frente e caminha ao meu lado. Nesta Presença há Harmonia e Plenitude, e onde o Espírito de Deus está, há Liberdade de toda e qualquer forma de limitação. E então, tendo me estabelecido nesta meditação de palavras e pensamentos, eu agora posso entrar na verdadeira meditação ou comunhão, na qual convido Deus: “fala, Senhor, Teu servo escuta… Seja feita a Tua vontade – e não a minha”. Após um breve período de escuta, de comunhão interior, silêncio, serenidade e paz, o conhecimento da Presença está comigo. E agora estou livre para cuidar do meu dia de trabalho. Contudo, o estresse do dia de trabalho e o mesmerismo da animosidade, ciúme e intriga do mundo têm a tendência de entrar em minha Consciência, assim como na sua, e assim, vêm também momentos de distúrbio; então deve haver outro período de Meditação Contemplativa, e dessa vez, pode tomar uma expressão diferente:
“Eu vos dou a minha Paz”, esta é a promessa do Mestre, “mas não como o mundo a dá” – não a paz que vem de uma bolsa de dinheiro ou créditos bancários, não a paz que vem de um corpo saudável – mas “Minha Paz”, Paz Espiritual, a Paz que ultrapassa qualquer entendimento. a Paz é tudo o que eu busco, é tudo o que desejo. Eu não peço por prata nem ouro, nem pelo bem ou pela paz deste mundo. Peço apenas que essa “Minha Paz” esteja sobre mim.
Então espero por alguns minutos de comunhão interna, e novamente eu orei a oração dos justos, porque busquei não mais do que é o divino direito de cada um: a Graça de Deus e a Paz de Deus, não somente para mim, mas para todos que possam chegar ao campo de minha Consciência.
A Meditação Contemplativa, praticada fielmente, leva a um momento de silêncio no qual todas as palavras e pensamentos silenciam, num silêncio tão profundo que nos tornamos uma transparência para a pequena e silenciosa Voz que fala a nós. A contemplação da Graça de Deus, do Deus Uno e Único e das passagens das Escrituras que dão testemunho da Presença Divina nos levam à quietude interior e nos levam à segunda fase da meditação. É quando alguma coisa vem a nós, não algo em que pensamos conscientemente, mas algo que foi pensado através de nós. Esses pensamentos vêm de um vazio, das profundezas do Infinito Invisível, da Consciência Espiritual que nós somos.
Em outros momentos, uma mensagem pode vir a nós, mas senão uma mensagem de fato, uma sensação de que tudo está bem, um sentimento de paz. Algumas vezes é uma sensação de calor suave, de gratidão e amor – não para alguém, por alguém ou por alguma coisa. É um sentimento completo em si mesmo, sem objetos.
Se somos fiéis e constantes em nosso trabalho, isso continua a ocorrer mais e mais freqüentemente, até que chega o dia em que tanto habitamos na Palavra que estamos nela mais ou menos o tempo todo, e precisamos apenas de um momento de calma para trazer alguma mensagem em particular, que possa atender à necessidade do momento.
Nesse estágio, fomos erguidos acima do pensamento humano, que não é mais nosso mestre, e sim nosso instrumento. No entanto, como estamos na Terra, precisamos usar nossa mente pensante, e deveríamos agradecer a Deus por ter-nos dado uma. Mas, conforme nos elevamos mais e mais na Consciência, essa mente pensante vai desempenhando uma parte cada vez menor em nossa Vida Espiritual.
Nesse estágio de nossa instrução espiritual, a transmissão da Verdade vem de dentro, como Algo Invisível derramando-se para fora. Nós simplesmente nos conectamos, e esse
Algo transmite a Si Mesmo para nós. Esse é o ponto, uma nova fase, onde o “dois” entra em cena: eu, eu mesmo, em meditação ou contemplação, chego face a face com a Presença dentro de mim, com Algo outro que não eu. Esse Algo pode tomar a forma de um brilho interior ou às vezes uma Voz de dentro que parece realmente falar. Algumas vezes não estamos bem certos de ser realmente uma voz ou uma impressão que recebemos. Mas seja qual for a forma, nesse estágio estamos em Comunhão com Deus.
Uma atividade tem lugar e vai e volta, quase como se fosse de mim para Deus e de Deus para mim – um fluir gentil para trás e para frente, dentro e fora. “O Espírito do Senhor está sobre mim… Onde está o Espírito do Senhor, há liberdade“. É uma experiência de real libertação.
O terceiro estágio, esse da União Consciente com Deus, é o definitivo, e nesse estágio, o ser separado e pessoal desaparece. É como se não fôssemos conscientes de nós mesmos como pessoas, como se somente Deus Ele Mesmo estivesse presente. Deve ter sido em momentos assim que o Mestre disse usando a palavra “Eu”: “Eu nunca te deixarei, jamais te abandonarei”. Não era um homem falando, era Deus falando, e nessas ocasiões o homem Jesus estava temporariamente ausente do corpo. Mais tarde, esse mesmo homem disse “se Eu não for, o Consolador não virá a vós”. Isso era Deus falando, quando Jesus estava ausente de si mesmo e somente o Espírito do Senhor estava presente (mas como poderia Jesus estar ausente, se o terceiro estágio é uma comunhão perfeita, na qual se diz “Eu e o Pai somos Um“? No meu entendimento, isso seria impossível. Não é um “pré-conceito” meu, isso simplesmente seria impossível.
Minhas grandes divergências com o autor referem-se sempre figura única de Jesus – mas é importante declarar que isso em nada compromete a obra como um todo, e seria muito esquisito apenas aceitar na íntegra, sem qualquer reflexão – nota do tradutor G. S.
(Aqui reside um entendimento controverso, onde é colocado que aquele homem que não se entende como filho de Deus ou que ainda não manifestou a condição de filho de Deus, seja mera criatura! Pois bem, ao meu ver, o maior dos ateus ou um homem materialista de carteirinha, foi criado por Deus, no entanto ele apenas não despertou para este fato, contudo nele existe a Centêlha Divina, esta que pode estar bem encoberta pelos seus sentidos equivocados, ademais nosso Pai é Paciente e generoso e, num determinado momento, este homem, até pelas experiências equivocadas, sentirá o desejo em ouvir de algo Maravilhosamente Divino “, a Centêlha”, e gradualmente mudará a sua rota evolutiva – logo ele sempre fora filho de Deus mas não sabia disto) * Jeff Trovão.
Há uma Presença que é tão real quanto nós somos uns aos outros, e uma vez que ela é sentida e vivenciada, há um relaxar de qualquer esforço pessoal. Quando a Presença é percebida, vemos que ela toma forma de órgãos e funções renovadas do corpo, da nossa casa, família, suprimento, de nossas relações humanas e até mesmo de vaga para estacionar.
“Eu de mim mesmo nada posso fazer”, isso é o homem Jesus falando, mas quando a Presença é percebida, “Eu tenho carne que vós não conheceis”. Esse é o terceiro estágio, em que Deus fala como o Ser Individual: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”- Essa é a Palavra feito carne, Deus encarnado andando por esta Terra, e esse é o destino final de cada indivíduo.
Há reviravoltas na Consciência Individual, até que venha Aquele a quem é de direito.
Esse “Aquele” é Deus. Haverá uma reviravolta em nossa Consciência, e isso aparecerá como se fosse uma guerra entre a carne e o Espírito, entre a doença e a saúde, entre a falta e a abundância e, finalmente, entre os dois “eus”: o “eu que somos como pessoa, e o “Eu” que é Deus. Mas oh, como é difícil o ser humano “morrer”! Ele quer se perpetuar.
Quer ser algo, fazer algo, saber algo. Assim, a guerra prossegue até que finalmente o ser humano é chacoalhado tão forte que ele acorda para o fato de que, por si mesmo, ele não é nada, mas que o Eu – que é Deus – é tudo. Essa é a fase final da meditação. Quando não há nada de individual, o Pai fala – assume, cura, redime e instrui – e o Pai vive essa Vida.
Cada um de nós ainda chegará ao Estado de Consciência de Paulo, quando disse “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”: o Filho de Deus, o Verdadeiro Espírito e Presença de Deus vive a minha vida. Então, e somente então, entramos num estado de humildade que não tem em si nenhum traço de virtude, mas somente a percepção da verdade de que nós, por nós mesmos, não somos nada e nem podemos fazer nada.
É verdade que isso pode nos trazer uma sensação de vazio, mas embora possa parecer estranho, com essa sensação de vazio, vem a sensação de plenitude e perfeição. Mas isso não é no sentido pessoal; não é no sentido egoísta de quem se autoproclama “eu sou espiritual”, “eu sou perfeito”, “eu sou o todo”. Trata-se muito mais da sensação de não ter qualidades por si mesmo, e ainda assim sentir e assistir essa Presença transcendental viver a nossa vida.
Uma vez unidos com nossa Fonte, descobrimos que nossa vida é realmente a vida da torrente da Vida, a vida da Fonte da Vida que agora flui como nossa Vida. Agora somos alimentados pela torrente, pelas águas que caem das nuvens acima, por uma Fonte maior do que nós mesmos, que agora flui como nossa Vida.
Saber disso é uma atividade libertadora. Não nos sentimos mais separados e solitários, nem dependentes só de nós mesmos: estamos unidos com o Rio da Vida, não mais limitados por nossa sabedoria, força ou longevidade, por nossa educação, nosso status social ou econômico. Agora temos acesso ao Infinito: Infinita Sabedoria, Infinito Amor, Infinita Vida, Infinita Fonte de Todo o Bem. Não mais estamos limitados às nossas circunstâncias imediatas, a uma ilha ou continente, e nem mesmo limitados a todo um planeta.
Não há limitação, a não ser aquelas em que o homem se situa a si mesmo, por crer que vê este mundo como tudo o que há, ou como o que ele vê no espelho é tudo para ele. O que ele conhece pelos sentidos é parte dele, mas certamente não a totalidade do seu Ser, assim como um dedo é parte de sua mão, mas não a mão inteira.
Quando atingimos o contato com nossa Fonte, fazemos contato com a Fonte da vida de toda pessoa, e somos agora Um com toda a Vida Espiritual. A mesma Vida que flui em um de nós flui em todos nós, porque há somente um fluxo de Vida, uma Fonte da Vida, uma Força Criativa da Vida. Se a Vida Espiritual aparece como um humano ou como um animal, vegetal ou mineral, somos agora Um com tudo através do ato da meditação, unidos com esse fluxo em nós, e somos Um com esse fluxo que está em Cristo Jesus.
(Aqui reside um entendimento controverso, onde é colocado que aquele homem que não se entende como filho de Deus ou que ainda não manifestou a condição de filho de Deus, seja mera criatura! Pois bem, ao meu ver, o maior dos ateus ou um homem materialista de carteirinha, foi criado por Deus, no entanto ele apenas não despertou para este fato, contudo nele existe a Centêlha Divina, esta que pode estar bem encoberta pelos seus sentidos equivocados, contudo nossso Pai e Pasciente e generoso e, num determinado momente este homem, até pelas experiências equivocadas, sentirá o desejo em ouvir de algo Maravilhosamente Divino “a Centêlha” e gradualmente mudará a sua rota evolutiva – logo ele sempre fora filho de Deus mas não sabia disto) * Jeff Trovão.
A mente que estava em Cristo Jesus é a sua mente e a minha mente, e quando rompemos com esse exterior humano da mente e, através da meditação, entramos em contato com a Fonte, então somos Um com a Mente Espiritual do universo, que é a mente de Buda, de Jesus, Lao Tzu e a mente de todo santo e vidente espiritual. Nós nos tornamos Um com ela, quando nos tornamos Um com a Fonte de nossa própria vida.
O Espírito que flui através de nós está agora fluindo conscientemente através de todos aqueles que estão sintonizados com o UM – aqueles que podem estar rezando em igrejas ortodoxas ou aqueles em preces pagãs. Somos uma benção para todos eles, porque, a despeito de qualquer forma de adoração e do fato de que talvez nem saibam disso, todos estão se voltando para Algo além do humano, e, voltando-se para esse Algo, estão voltando-se para o Cristo, e todos os que alcançam o Espírito, seja de que jeito for, são abençoados.
Freqüentemente pessoas enfermas em estágio terminal, que talvez não sejam religiosas ou que talvez nunca tenham pensado sobre si mesmas em termos espirituais, alcançam Deus em sua situação extrema e recebem a cura. Médicos relatam que, muitas vezes, pacientes têm curas imediatas sem nenhuma razão conhecida, mas isso porque, talvez, dentro de si mesmas, ocorreu um alcançar a Deus e provavelmente sintonizaram-se e fizeram contato com alguém em um ato de meditação, e então suas preces foram respondidas. Na medida em que somos bem sucedidos em fazer contato com nossa Fonte, qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, ou em qualquer nível de conceito de Deus – falso ou correto – pode se beneficiar de nossa meditação.
Quando estamos cheios do Espírito, qualquer um que esteja sintonizado conosco recebe a Graça, cada um de acordo com sua necessidade no momento. Um recebe a Graça numa cura física ou mental, outro recebe uma cura moral ou financeira, e outra ainda uma maior alegria em seu lar. O graus de dedicação de nossas vidas individuais e a pureza de nossa Consciência têm um efeito na vida de todos os que entram em contato conosco. Nossa Unidade Consciente e Individual com Deus torna-se uma benção para todos os que são receptivos. Toda vez que Deus é libertado no mundo através de nós, Ele tem a oportunidade de andar pelo mundo e neutralizar algumas das influências carnais nos governos, tribunais, comércio, indústria e mesmo nas artes e profissões.
Todas as vezes em que meditamos – e nós meditamos somente para alcançar essa União Consciente, essa “Paz, aquieta-te” – nós estamos, ao mesmo tempo, diminuindo o mal e as influências egoístas no mundo. O grau em que o mal parece ser diminuído pode ser de pequena proporção, e provavelmente é, mas uma vez que o Espírito é liberado, não há limites para o alcance de seus efeitos, porque não existe uma coisa como pequeno Espírito ou pequeno poder do Espírito.
O Espírito em si mesmo é Infinito, e é justamente tão infinito através de um quanto através de milhões. Isso foi provado pela vida dos grandes místicos: o Espírito de Deus em Jesus Cristo tornou-se uma Libertação em todo o mundo cristão: o Espírito no Buda Gautama tornou-se a Luz e a Iluminação de toda a Índia, China e Japão, por um longo período de tempo. Não podemos medir o efeito do Espírito, mesmo quando o Espírito encontra entrada neste mundo através ou como a Consciência de um indivíduo.
A meta final da Vida Espiritual é viver tão completamente em sintonia com a Fonte, Deus dentro de nós, que a influência de Deus, que está fluindo através de nós, fluirá para fora e será uma Lei do Bem para todos que entrarem no campo de nossa Consciência, sendo assim elevados e aumentados em sua aspiração pela Vida Espiritual.