UM BATE PAPO COM EINSTEIN
Einstein exclamou:
– João, calma! Para quem acredita estar sonhando até que você é bem curioso.
Eu respondo uma pergunta por vez ok. Moro no planeta Ozzos que fica a 70 anos-luz daqui. Max Planc é meu vizinho; “essa nave” é a minha mais nova invenção, ela navega à velocidade de dois milhões e meio de quilômetros por segundo.
Para terminar, estamos em uma estação holográfica.
Mandei bem?
João atordoado:
– O que? O senhor disse que sua nave navega a dois milhões e meio de quilômetros por segundo? O senhor deve estar sonhando? Ou será que estou assistindo muitos filmes de ficção?
– Oras bolas meu jovem, você deve se decidir, pois ainda há pouco quem estava sonhando era você. Decida-se então, quem está sonhando afinal?
João:
– O senhor tem razão, eu estou sonhando. Como pode?
Nada pode se mover a uma velocidade superior à da luz sem virar patê, conforme sua própria * teoria. (Nada consegue ultrapassar 300 mil quilômetros por segundo e quebrar essa barreira – é fisicamente impossível – observação feita por Albert Einstein, em 1905: massa e energia estão intimamente ligadas. Esse legado resultou em uma das fórmulas mais conhecidas do grande gênio, e uma das mais importantes da física: “ E = m c²”, uma das fórmulas da misteriosa e famosa Teoria da Relatividade.). E agora o senhor próprio vem me falar em dois milhões e meio de quilômetros por segundo? Há pouco eu estava enviando o meu currículo pela Internet para ver se consigo urgentemente um trabalho; acho que cochilei e agora estou sonhando…
Einstein:
– Então é isto, você está cochilando. A propósito, procure se informar, pois os cientistas, seus contemporâneos, já conseguiram manipularam um vapor com átomos irradiados por laser, o que causou um pulso que se propagou a uma velocidade 300 vezes superior à da luz, tudo bem, este pulso não tem massa, todavia grandes novidades científicas estão por serem descobertas.
O papo fica interessante
João:
– Mais é? Não sabia, irei pesquisar, contudo tudo isto aqui é um absurdo! Eu aqui batendo um papo com Albert Einstein! Singularidade quântica! Uma estação holográfica…! Pulsos viajantes! Isto só pode ser um sonho!
Einstein:
– Certamente João, se você está sonhando; basta somente despertar…
João:
– Ah sim. Basta somente eu acordar e fica tudo bem. Mas como faço para acordar?
Einstein:
– Veja bem filho, conheço um pouco de física, mas de sonhos não manjo nada. Se você quiser, posso trazer aqui algum espera no assunto!
João:
– O senhor quer dizer que não sabe como me fazer acordar?
Einstein:
– Não exatamente, quer dizer…
João não tinha ideia do que estava acontecendo, mas mesmo se fosse um sonho, não perderia a oportunidade de questionar o seu ídolo.
João:
– Caro Senhor Einstein, não sei bem por que estou aqui! Nem sei se estou aqui! Mas já que acho que estou aqui com o senhor, gostaria de lhe fazer algumas perguntas.
Einstein:
– Claro meu jovem, pode mandar.
João:
– Não sei se o senhor sabe muito de astronomia ou astrofísica, mas deixo a seguinte pergunta: O que é infinito?
Einstein:
– É o que não tem começo e nem fim! Caramba João, esperava mais de você.
João:
– Pode esperar porque sou muito curioso. Mas no caso do Universo, não dá para entender, pois tudo tem que ter um começo e um fim, isto faz parte ciclo da natureza que conhecemos!
Einstein:
– É filho, mas acredita-se que o Universo não tem fim, talvez por conhecerem muito pouco da própria natureza, ou simplesmente porque suas mentes não concebem a ideia de o Universo ter um fim.
João:
– Mas veja bem, vamos supor que viajamos trilhões e trilhões de quilômetros até chegar ao fim do Universo, e a partir dali notamos que é só espuma?
Einstein:
– Aí, teremos que continuar viajando por ela para ver onde acabaria tal espuma.
João:
– Mas vamos supor que a espuma fosse infinita?
Einstein:
– Bem, meu caro, já que somos obrigados a admitir o infinito, vamos ficar com o Universo mesmo; esta ideia de espuma é um tanto quanto esdrúxula!
João:
– Tudo bem! Esse papo de espuma realmente não tem a ver, mas uma coisa é fato: Admitimos que o Universo seja infinito simplesmente porque se existisse um fim nossa mente não compreenderia, é isto?
Einstein:
– A ideia é correta.
João:
– Mas, no caso, se o Universo está em constante expansão, como afirma a ciência atual, como se chama e o que é o novo lugar que o Universo está ocupando?
Einstein:
– Sei não filho! Tente pensar no contínuo espaço-tempo aonde tudo é relativo.
João:
– Ah claro, quer dizer, sei lá. Mas, no caso, se o Universo é como um decaedro (finito) como afirmam alguns físicos, como se chama, ou o que é o lugar onde se situa esse “decaedro”?
Einstein:
– Também sei não filho. São questões que muito em breve serão descortinadas por mentes brilhantes e a humanidade saberá.
João:
– Entendo, creio que não estamos ainda preparados moralmente para tais descobertas.
Einstein
– É isto mesmo João. Sinto que esta reunião será bem proveitosa; vejo que você é o cara!
(…)
TRECHO EXTRAIDO DO E-BOOK “OS ANJOS DA TÁVOLA QUADRADA” – COMPRE AQUI>>>